A ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, disse hoje que o Laboratório Colaborativo AquaValor é “uma estratégia vencedora” e uma inspiração para a valorização dos territórios do Interior, que permitem através do conhecimento e da inovação das atividades tradicionais tornar a região mais atrativa para a fixação de pessoas qualificadas, ao mesmo tempo que dinamiza outros setores como o Turismo.
A responsável falava hoje em Chaves numa visita ao Laboratório Colaborativo AquaValor, no âmbito do “Programa de Valorização do Interior", que contou com a presença de vários membros do Governo: a ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Elvira Fortunato, a secretária de Estado do Desenvolvimento Regional, Isabel Ferreira, do representante da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte, e da presidente da Fundação para a Ciência e a Tecnologia, Madalena Alves.
No encontro, a ministra Ana Abrunhosa salientou que é através de projetos como o AquaValor que se consegue transformar os territórios do Interior e garantiu que o Governo irá continuar apoiar com as verbas do Portugal 2023 iniciativas semelhantes.
“É isso que queremos continuar a fazer, a apoiar projetos como o AquaValor que acrescentam conhecimento e inovação às atividades tradicionais e que valorizam os recursos endógenos”, sublinhou.
Na opinião da governante, projetos como o AquaValor são uma prioridade que importa replicar nos territórios do Interior do país, que alia a valorização dos recursos endógenos, através do conhecimento do ensino superior, à atividade económica local.
“Não é assim tão impossível transformarmos os territórios do Interior. Haja união, foco e um objetivo bem definido e trabalhemos todos depois em função desse objetivo. Isto é um exemplo para podermos tirar uma receita do que funciona bem quando queremos”, destacou a ministra da Coesão Territorial.
A visita dos membros do Governo ao Laboratório Colaborativo AquaValor serviu sobretudo para dar a conhecer o projeto e as atividades que estão a ser desenvolvidas.
O presidente do AquaValor, e presidente da Câmara de Boticas, Fernando Queiroga, lembrou a importância do projeto que permitiu trazer o ensino superior para o território, através de uma parceria com o Instituto Politécnico de Bragança (IPB).
“Em boa hora fizemos esta parceria com o IPB, que acolheu a nossa ideia, que tem colaborado, fazendo com que, em tão pouco tempo, muita coisa tenha crescido imenso”, referiu Fernando Queiroga.
AquaValor desenvolve investigação na área da saúde, cosméticos e cosmecêuticos e alimentos e bebidas
O primeiro secretário executivo da Comunidade Intermunicipal (CIM) do Alto Tâmega, e diretor executivo do AquaValor, Ramiro Gonçalves, foi o responsável por apresentar o projeto. Já a diretora executiva da mesma estrutura, Maria José Alves, deu a conhecer o trabalho que tem estado a ser desenvolvido por este laboratório, entre os quais projetos na área da saúde, cosméticos e cosmecêuticos e alimentos e bebidas.
A ideia é testar os efeitos terapêuticos das águas minerais naturais nos produtos, tentando perceber se as mesmas são promotoras de saúde e se previnem doenças, desenvolver produtos cosméticos e cosmecêuticos de base termal e desenvolvimento de alimentos e bebidas.
O AquaValor foi criado em 2019, sendo implementado a partir de setembro de 2020.
Atualmente emprega 16 investigadores com qualificações ao nível de doutoramento, mestrado e licenciatura.
O AquaValor tem um investimento de 4,4 milhões de euros, realizados através de quatro candidaturas a fundos comunitários, com uma execução de 2.5 milhões de euros.
A presença dos representantes do Governo continuou, depois, em Montalegre e Boticas onde a comitiva visitou o projeto Sistema Importante para o Património Agrícola Mundial do Barroso, marcando ainda presença na sessão de encerramento da SusTEC Summer School - Sistemas Naturais do Barroso. Recorde-se que a participação na escola de Verão em Sistemas Naturais do Barroso foi destinada a estudantes do ensino superior, interessados na investigação em áreas de montanha.