Como já vem sendo hábito, o Salão Nobre de Rotary de Chaves abriu as suas portas para proceder à abertura de um dos seus melhores eventos culturais: A Festa da Literatura de Chaves, já na sua 6ª. edição.
A mesa de abertura contou com a presença da Dra. Ilídia Rodrigues, actual presidente do Rotary Club de Chaves, e ainda do Senhor Vereador da Cultura da Câmara de Chaves, Dr. Francisco Melo, do Dr. Ernesto Salgado Areias, enquanto mentor do evento, do Engenheiro Hélder Rodrigues, como representante da Senhora Presidente da Universidade, Dra. Emília Nogueira, e da Dra. Dulce Amorim Claro, enquanto coordenadora do Núcleo de Artes do Movimento Cultural VIA XVII, promotor da FLIC VI.
A presidente de Rotary saudou a presença da cerca de cinquenta pessoas, entre público, rotários e alunos, seguidamente deu a palavra ao senhor Vice-Presidente da Câmara que agradeceu o convite que lhe fora dirigido realçando o facto de que este tipo de eventos que congrega a Arte e a Literatura é de enaltecer tanto mais que já extravasa o universo da própria associação e expande o nome da cidade fora de portas, pois já ganhou raízes com provas dadas nos anos anteriores.
Enquanto representante das Artes da VIA XVII, Dulce Claro chamou a atenção para a Mostra de Arte de pintores, que já pertencem ao núcleo artístico da VIA XVII, declarando oficialmente inaugurada a respectiva mostra artística de excelência e exemplifica a capacidade e virtuosidade dos seus associados. Abordou ainda outros tipos de artistas tais como músicos e ceramistas, por exemplo.
O Dr. Ernesto Areais, depois das saudações formais aos membros da mesa, referiu que o objectivo central deste novo núcleo cultural é essencialmente dar de si, uma vez que se identifica com o lema de Rotary "Servir", mas também porque se identifica com a cidade e se revê no excelente trabalho que aquela associação presta à cidade e à comunidade flaviense.
Acrescentou ainda que este ano a FLIC VI tem como expectativa atingir cerca de 600 alunos dos 1º e 2º ciclos, das escolas profissionais mas também partilhar com a comunidade nos cafés onde existirão tertúlias e saraus, bem como no Estabelecimento Prisional da cidade e nas Termas de Chaves onde decorrerão mesas.
Para Ernesto Areias o objectivo central é transformar o espaço urbano num espaço cultural e dessa forma divulgar escritores e artistas da nossa região, dando a conhecer as suas obras. Por isso a cidade não institucional vai ser o cerne desta festa.
Seguiu-se um momento musical promovido por um grupo feminino de flautas da Academia de Artes de Chaves que executou algumas partituras que deliciaram os presentes.
Deu-se início à 1ª mesa Cruzamentos de Expressões Artísticas, que tinha como moderador o Dr. Jorge Melo, que apresentou cada um dos oradores, a saber: Lúcia Pesegani, arquitecta de formação, Carneiro Rodrigues, reconhecido pintor de Chaves, Marcelo Almeida, músico e director da Academia de Artes de Chaves, e Sérgio Machado, enquanto homem de Teatro quer como actor quer como encenador.
O tema da mesa foi abordado de forma brilhante onde cada um dos oradores reflectiu a sua visão da Arte e conclui-se que a Arte em geral, para além de desenvolver o sentido estético de quem a executa e de quem a contempla, serve ainda para desenvolver no ser humano características importantíssimas como a sensibilidade, o prazer pessoal capacidades como a necessidade de disciplina, esforço e dedicação.
Falou-se ainda no processo criativo que segundo Carneiro Rodrigues não é evidente e obedece ao método, ao que se pretende transmitir, seja uma ideia uma impressão ou um conceito.
Segundo Sérgio Machado o teatro é o espaço da intertextualidade e que na formação da pessoa a ajuda a transformar-se. Fazer teatro é viver mil vidas o que ajuda o ser humano promovendo uma revolução pois ao fazermos teatro, ao trabalhar em arte, geramos mudança.
A mesa terminou salientando que através da Arte mostramos o Amor em todas as suas vertentes e ajuda-nos a explorar através do Amor pela Arte o que é na sua essência o AMOR.





