“Baixar, proteger e aguardar” foram as três ações que as crianças do Centro Escolar de Santa Cruz Trindade colocaram em prática a propósito do simulacro de sismo realizado esta tarde e que pretendeu testar a eficácia do sistema de segurança da escola e a capacidade de resposta de todos os meios de socorro e proteção civil envolvidos.
A iniciativa aconteceu no âmbito do simulacro de sismo a “Terra Treme”, um exercício nacional de sensibilização promovido pela Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) e que contou com as três corporações dos Bombeiros do concelho, Proteção Civil Municipal e Polícia de Segurança Pública (PSP).
O comandante dos Bombeiros Voluntários de Salvação Pública (BVSP), José Carlos Silva, esclareceu que este foi um dos três exercícios programados para este ano, depois do simulacro no aeródromo e o simulacro de incêndio florestal em Vidago.
Na escola foi simulado um sismo que deu origem a um incêndio que deflagrou na cozinha devido a uma fuga de gás. Houve ainda um desmoronamento de parte do edifício escolar ficando uma turma presa dentro da sala no piso superior.
“Desse desmoronamento resultou também, na parte exterior, no desaparecimento de uma pessoa que ficou subterrada. Foi pedido pedido o apoio da PSP com a equipa cinotécnica para procurar essa pessoa”, referiu José Carlos Silva.
Simulacro contou com 35 operacionais
Neste simulacro estiveram envolvidos 35 operacionais dos BVSP, dos Bombeiros Voluntários Flavienses e dos Bombeiros Voluntários de Vidago, apoiados por quatro ambulâncias, três veículos de combate a incêndios, um veículo de apoio ao combate e um veículo escada.
A pessoa que acabou por ficar subterrada nos escombros foi retirada pelo Grupo Operacional Cinotécnico da Unidade Especial de Polícia do Comando Metropolitano da PSP do Porto. Para o chefe principal desta unidade, Vítor Vasconcelos, esta atividade vai ao encontro do trabalho que a equipa cinotécnica desenvolve.
“A busca e salvamento é uma das nossa valências (…) os nossos cães estão treinados para a deteção do odor humano e, através do método de trabalho que temos, foi encontrada uma vítima. É esse o nosso objetivo, encontrar vidas, se possível, debaixo dos escombros quando acontece uma tragédia em território nacional”, destacou.
O presidente da Câmara de Chaves, Nuno Vaz, salientou a importância destes exercícios que permitem aferir a preparação de todos os agentes envolvidos em caso de uma catástrofe real.
“Queremos progressivamente capacitar e preparar para que estejamos com a melhor disponibilidade possível para este tipo de situações”, sublinhou o autarca que felicitou a organização da operação, bem como todos os participantes, desde graúdos a miúdos.
Exercício proporcionou aprendizagens mas também experiências novas
O coordenador do Centro Escolar, António Chaves, lembrou ainda que ao longo do ano são realizadas algumas atividades semelhantes para que os mais pequenos mantenham na memória que passos dar em caso de uma situação real.
O exercício envolveu mais de 520 alunos do Centro Escolar, que no final tiveram nota positiva.
Rodrigo Reis está no 3º. ano e foi um dos alunos que ficou com a lição bem estudada: “Primeiro pomo-nos debaixo das mesas para proteger a cabeça e depois ficamos à espera dos bombeiros”, contou.
Para já a terra não tremeu em Chaves, mas caso aconteça “já sabemos bem” o que fazer, rematou o pequeno Rodrigo.
Embora um dos objetivos do exercício pretendesse sobretudo esclarecer os mais pequenos sobre as medidas a adotar em caso de uma catástrofe real, o dia de hoje proporcionou algumas experiências novas, como sair por uma janela e descer por um veículo escada, por exemplo, ou ainda observar a atuação da equipa cinotécnica no resgate de pessoas.



















































































Rodrigo Reis, aluno no Centro Escolar de Santa Cruz Trindade.


























Vítor Vasconcelos, chefe principal do Grupo Operacional Cinotécnico da Unidade Especial de Polícia do Comando Metropolitano da PSP do Porto. Para o chefe principal desta unidade,
