
Autarcas dos seis municípios acreditam que esta nova denominação vai permitir promover melhor a região através da marca identitária do Barroso, reconhecida já a nível mundial.
Para João Noronha, autarca do município de Ribeira de Pena, trata-se de um “conjunto de esforços” para que a região se torne cada vez mais conhecida e um atrativo turístico, com “excelentes produtos endógenos” e uma qualidade de vida ímpar para quem mora na região.
“É isto hoje que culminamos com esta assinatura. É um sinal que estamos todos imbuídos do mesmo espírito para que a região do Alto Tâmega e Barroso seja cada vez mais um lugar onde possamos e gostamos de viver”, sublinhou o dirigente.
Por seu turno, o autarca de Montalegre, concelho que forma juntamente com o concelho de Boticas o Barroso, destacou a “forte identidade” que o Barroso carrega e que, na sua opinião, já quase toda a gente sabe onde fica e reconhece alguns elementos referenciais que transporta.
“As coisas difíceis são aquelas que dão mais prazer materializar e concretizar. Este é um trabalho de todos. Foi uma conquista muito importante para Barroso mas não deixa de ser uma conquista menos importante para a região”, sustentou Orlando Alves.
"Temos que incutir também na nossa população o orgulho de ser transmontano..."
Orlando Alves lembrou ainda a distinção que o Barroso obteve pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) como Património Agrícola Mundial e a grande biodiversidade existente, assim como o Parque Nacional da Peneda-Gerês e a barragem do Alto Rabagão.
“Sentimo-nos satisfeitos por termos em conjunto trabalhado esta ideia, esta conquista difícil, que teve a aprovação da comissão europeia e que faz com que daqui para a frente quando se falar na Comunidade Intermunicipal do Alto Tâmega e Barroso já não possamos ser mais ser confundidos com uma outra comunidade intermunicipal que há no país e que usa também o Alto Tâmega como referência”, esclareceu o autarca do Município de Montalegre.
Na mesma linha, Fernando Queiroga, presidente da Câmara de Boticas, referiu que esta alteração fazia todo o sentido uma vez que o Barroso é já uma “marca identitária” do território, acreditando que desta forma será possível “chegar mais longe” na promoção da região do Alto Tâmega e Barroso.
O dirigente botiquense realçou ainda que a promoção do território não depende apenas das entidades públicas ou dos agentes públicos, cabendo a toda a comunidade juntar-se ao “caminho” que tem sido percorrido pela CIM.
“Temos que incutir também na nossa população o orgulho de ser transmontano, de ser desta região do Alto Tâmega e Barroso. Independentemente do que nós possamos fazer como entidades públicas, que é uma obrigatoriedade nossa, fundamentalmente, toda a gente deve puxar para o mesmo”, notou.
Verbas do Programa 2030 devem mobilizar todos os atores da região
A cerimónia de alteração da denominação da CIM foi presidida pela secretária de Estado do Desenvolvimento Regional, Isabel Ferreira, que falou sobre as verbas que estarão disponíveis no âmbito do Programa 2030 para as comunidades intermunicipais poderem “escolher os instrumentos que pretendem mobilizar” para a implementação das estratégias de desenvolvimento regional.
Segundo a governante, são “verbas muito significativas” que deverão ser usadas para mobilizar os atores do território, as empresas, os produtores, as entidades do sistema científico e tecnológico e as associações, para que “todos alimentem a estratégia do território”.
Sobre o valor do financiamento, Isabel Ferreira apenas disse que o financiamento será maior do que aquele atribuído no programa Portugal 2020.
A iniciativa contou ainda com a presença, entre outros, do presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Norte, António Cunha, do presidente da Câmara de Chaves, Nuno Vaz, dos vice-presidentes de Valpaços e de Vila Pouca de Aguiar e de várias entidades públicas e privadas e forças de segurança da região.