
Deputados do Grupo Parlamentar do Partido Socialista (PS) eleitos pelo Distrito de Vila Real pediram esclarecimentos sobre a alegada dívida por parte do Estado à empresa prestadora do serviço de hemodiálise que impede a mesma de continuar presente em três centros renais de Trás-os-Montes e Alto Douro.
No documento dirigido ao presidente da Assembleia da República (AR), os deputados explicam que tomaram conhecimento, através de declarações públicas do diretor executivo da empresa Tecsam, proprietária de três centros renais em Vila Real, Mogadouro e Mirandela, que a prestação do serviço de hemodiálise estaria em risco devido ao “atraso substancial nos pagamentos” deste serviço por parte do Estado.
“O alegado atraso no pagamento à empresa prestadora dos serviços de hemodiálise por parte das entidades ULS Nordeste, ARS Norte e ULS Guarda, num valor superior a 4 milhões de euros, põe em causa a liquidez e tesouraria da Tecsam, impossibilitando-lhe, não só, o pagamento atempado aos seus 150 trabalhadores, bem como o fornecimento de material necessário para os tratamentos, pondo em causa a prestação do serviço de hemodiálise a cerca de 330 utentes com insuficiência renal”, referem do deputados do Grupo Parlamentar do PS.
Fátima Pinto, Francisco Rocha e Agostinho Santa questionam o Ministro da Saúde se a tutela tem conhecimento da situação reportada relativamente ao atraso e ao montante em dívida naqueles três centros renais e que medidas serão adotadas para “evitar ou minorar” os transtornos causados aos utentes destas unidades de saúde caso a empresa Tecsam deixe de prestar o serviço de hemodiálise.
Por fim, os mesmos responsáveis querem ainda saber quando será realizado o pagamento do alegado valor em dívida e que medidas serão promovidas para evitar situações destas no futuro.