“A vida foge-nos” valeu à farmacêutica Cristina Pizarro o primeiro prémio na categoria de Poesia Estrangeira no concurso internacional literário de Poesia “Príncipe Nicoló Boncompagni Ludovisi”, em Roma.
Cristina Pizarro contou ao Diário de Chaves que não estava nada à espera de ser uma das selecionadas do júri, presidido por Giorgio Linguaglossa, que teve a árdua tarefa de avaliar cerca de 2.200 trabalhos provenientes dos quatro cantos do mundo.
Tenho tendência a enviar aqueles com que tenho maior ligação afetiva e emotiva”. (Cristina Pizarro)
A autora de “Crónicas de assim dizer” explicou que embora soubesse que era difícil o seu poema ser premiado decidiu arriscar tal como as pessoas arriscam no Euromilhões: “Não podem esperar que lhes saia o prémio se não jogarem. É difícil, mas é possível”, sublinha.
Ao concurso levou dois poemas: um que escreveu no dia em que pela primeira vez entrou em casa, na quinta onde cresceu, depois de ter perdido a mãe, e “A vida foge-nos”, que acabou por ser o premiado e que valeu uma crítica bastante positiva do diretor artístico do prémio, Diego de Nadai, publicada na sua página de Facebook.
“A escolha dos poemas que submeto a concurso é um bocado aleatória. Gosto de todos, qual escolher!? Tenho tendência a enviar aqueles com que tenho maior ligação afetiva e emotiva”, confessa. Sobre este último a flaviense não explica sobre o que fala, deixa que seja o leitor a ler e a fazer a sua interpretação.
Natural de Chaves, mas a viver no Porto há largos anos, Cristina Pizarro escreve desde os 13 anos, tendo já dois livros em prosa prontos a editar. Se pudesse, revela, viveria como escritora, que é aquilo que mais gosta de fazer, e a escrever sobretudo poemas, porque quando o faz a sua “alma transborda”.
Esta foi a segunda vez que Cristina Pizarro participou em concursos internacionais. Em maio concorreu ao “Premio Internacional de Poesia Inédita Galáxia”, no Santiago do Chile, onde foi premiada com o segundo prémio de “Poesia em Língua Estrangeira”, com o poema “20 anos”, que escreveu para um dos seus filhos no dia do seu aniversário.
Na categoria “Poesia Estrangeira, o segundo prémio foi atribuído a Simone Raymonde Ferrier, de França, com “Melodie d’iver”, e o terceiro a Polidori Silvia com o poema “A respiração da vitória”.