
O salão nobre dos Bombeiros Voluntários de Vidago acolheu no sábado a cerimónia de evocação a Artur Patrício.
Com o mote “Artur Patrício - O ‘alfacinha’ que tanto escreveu, fotografou e amou Vidago”, a Casa - Museu João Vieira organizou a evocação, que teve como mentor João Silva, no ano em que se cumpriram 50 anos sobre a data do seu desaparecimento físico.
Antecedendo o início da evocação, foi inaugurada uma exposição com várias fotografias, que se encontravam na posse de particulares, e alguns livros escritos por Artur Patrício.
Em representação da Casa-Museu João Vieira, José Chaves destacou a importância deste momento cultural: “Desta forma, contribuímos para nutrir a ´vida intelectual´ da vila de Vidago através destas ações culturais, fomentando um público sensível às diferentes Artes, capaz de sentir prazer com a beleza e valorizar a cultura, seja ela local, nacional ou internacional”.
A Casa-Museu João Vieira continuará assim a cumprir o seu desígnio, fazendo jus ao papel e responsabilidade que um Museu do Séc. XXI tem que ter para com as suas comunidades.
A 21 de janeiro de 2023, passam então 50 anos do sepultamento desconsiderado de Artur Patrício, o intelectual, animador cultural e fotógrafo Lisboeta que durante décadas a fio, rumava a Vidago aquando da época balnear e por cá ficava o verão inteiro, pisando e perpetuando a terra e as gentes de Vidago, aquistas e vidaguenses, durante a esplendorosa Belle Époque. Visa esta evocação trazer da memória à atualidade este nome, este ser humano notável que se mescla com a história desta Vila termal. JOSÉ CHAVES.
Paulo Santos, escritor desta vila termal, foi o responsável pela condução/moderação da iniciativa, onde foi recordado o homem pelas várias pessoas que com ele privaram.
Uma tertúlia que contou com a presença do mentor desta homenagem, João Silva, e dos convidados António Pires Almeida, Eduardo Brás, Germano Santos, do presidente da direção dos Bombeiros Voluntários de Vidago, Francisco Oliveira, e do presidente da União de Freguesias de Vidago, Rui Branco.
Duas horas de animada conversa com constante interação entre os convidados mas também do público que foi incentivado a integrar a tertúlia.
Falou-se do homem, do artista, do fotógrafo que tanto animou, celebrou e eternizou a estância termal de Vidago. Foi ainda abordado o seu carácter altruísta, mas sobretudo evocou-se o seu profundo amor a esta vila. Foram relembradas pequenas histórias, grandes atitudes, factos históricos e outros repletos de humor e boa-disposição. Porque falar de Artur Patrício é evocar também um sem número de artes, artifícios e recursos cénicos que ele tão bem dominava.
A cerimónia terminou com chave de ouro aludindo a um conjunto de novas iniciativas que visam perpetuar o nome de Artur Patrício, desde logo pela casa-museu que sugeriu a criação de um concurso fotográfico com o nome do fotógrafo. Também a União de Freguesias de Vidago se aliou, e relembrando a proximidade do centenário da vila, disponibilizou-se para apoiar e incentivar todas a iniciativas culturais que engrandecem não só Vidago mas também toda a união de freguesias.
...Vivo horas aflitivas sem saber o que hei-de fazer à vida. Deus queira que Vidago este ano seja para mim, o que tem sido sempre: misericordioso, humanitário, benemérito e filantrópico." ARTUR PATRÍCIO in Da minha primeira visita a Vidago!...
