segunda-feira. 02.10.2023
Ministra da Agricultura e da Alimentação, responsáveis pela CIM Alto Tâmega e Barroso e Autarcas da região.

As instalações do antigo Centro de Formação Técnico Profissional Agrário "Alves Teixeira", em Vidago, Chaves, foram palco da apresentação do Projeto Bio - Polo Alto Tâmega e Barroso, uma cerimónia presidida pela Ministra da Agricultura e da Alimentação, Maria do Céu Antunes.

A abertura da sessão ficou a cargo do Presidente da Comunidade Intermunicipal do Alto Tâmega e Barroso (CIMAT), Amílcar de Almeida, que centrou o seu discurso na importância que o desenvolvimento de uma agricultura mais sustentável tem vindo a ter no território, trazendo uma maior valorização para o produtor bio, ao mesmo tempo que garante ao consumidor a aquisição de produtos biológicos certificados, caracterizados por serem de melhor qualidade.

O também Presidente da Câmara de Valpaços acrescentou que é importante “saber retirar os conhecimentos dessa riqueza [os produtos biológicos da região] criando uma marca que é a da Bio Região do Alto Tâmega e Barroso”.

Nuno Vaz, Presidente da Câmara de Chaves e anfitrião desta cerimónia, vincou o papel que o território do Alto Tâmega e Barroso tem na sustentabilidade dos ecossistemas. 

Somos um território com uma natureza muito intensa, somos, sobretudo, um território de agricultura e floresta que acaba por ser um polo de atividades agrícolas, pecuárias e outras”, sublinhou.

O autarca flaviense salientou ainda a heterogeneidade dos produtos dos seis municípios que compõem a região que trabalham sempre numa lógica de complementaridade, tendo a Água como elemento agregador.

A apresentação do Projeto Bio – Polo Alto Tâmega e Barroso ficou a cargo do Primeiro Secretário Executivo da CIMAT, Ramiro Gonçalves, projeto este que surge no âmbito de uma ideia conjunta da CIMAT, Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro – UTAD e Direção Regional de Agricultura e Pescas do Norte – DRAPN.

Este visa a implementação de uma estratégia de desenvolvimento sustentado de âmbito territorial, em rede, para a promoção do desenvolvimento integrado dos territórios de baixa densidade.

O seu objetivo é promover as potencialidades dos produtos e do território, de uma forma diferenciadora, valorizando os produtos locais, nomeadamente, o modo de produção biológico, com menor pegada de carbono, mais resilientes às alterações climáticas, mais inclusivos e capazes de atrair jovens famílias através de maiores rendimentos.

Este é um projeto que tem a capacidade de mudar a região, trazendo conhecimento para cima daquilo que já fazemos muito bem, o endógeno, e isso só se faz com capacitação. Estamos hoje numa antiga escola. Escola esta que já cumpriu uma função de capacitação dos atores do território e urge voltar a poder usá-la para capacitar esses mesmos atores no território. As pessoas procuram, cada vez mais, produtos certificados e não basta eu colocar lá um rótulo a dizer que é certificado. Alguém tem que garantir que é biológico e isto só se faz com conhecimento”, explicou Ramiro Gonçalves.

Este deu ainda nota que “já temos no território mais de 100 produtores que produzem em modo biológico” e para que este projeto atinja os seus objetivos “temos de fazer vários caminhos: um caminho de capacitação, que é a génese deste projeto, um caminho de organização do setor, que é aquilo que temos vindo a fazer aos poucos, e um caminho de promoção. Para isso já criamos mercados, dentro dos nossos mercados municipais de fresco, única e exclusivamente, dedicados ao biológico e que têm sido um sucesso”.

A sessão encerrou com a intervenção de Maria do Céu Antunes, Ministra da Agricultura e da Alimentação, que teceu vários elogios a este Projeto, esperando “que estejam reunidos todos os requisitos [na candidatura apresentada] para que os peritos possam dar um parecer positivo e para que eu possa vir aqui em breve, convosco, assinar estes protocolos de colaboração. Deixo-vos aqui o meu compromisso. O compromisso de que, se a vossa candidatura fizer parte do pacote que vai ser aprovado, será aqui, neste espaço, que nós traremos o IFAP e a Direção Regional de Agricultura para a assinatura dos acordos”.

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