sábado. 02.12.2023
Carteiros prometem continuar a luta: | FOTO: Cátia Portela
Carteiros prometem continuar a luta: | FOTO: Cátia Portela

Os trabalhadores dos CTT voltaram hoje à greve, depois da greve parcial de duas horas por turno no passado dia 25 de junho. Empresa não chegou a acordo com nenhum sindicato sobre o aumento salarial, principal reivindicação dos carteiros.

O dirigente nacional do Sindicato Independente do SITIC, José Fonseca, disse que não houve acordo entre o grupo CTT e os vários sindicatos que representam os trabalhadores da empresa, que impôs um aumento salarial de 7,50€. Além disso, os sindicatos reivindicam a contratação de mais recursos humanos.

Os recursos humanos existentes da empresa não são em número suficiente para fazer face ao serviço que os carteiros têm diariamente”, alerta José Fonseca, acrescentando que a melhoria das “condições de trabalho” é outra das reclamações destes profissionais.

O mesmo responsável adianta que até ao momento a administração não quis falar com nenhum dos sindicatos e que a luta vai continuar com mais greves e mais plenários nos locais de trabalho.

Há muitos trabalhadores a ganhar o ordenado mínimo nacional. Toda a gente que efetivou aos quadros da empresa desde 19 de abril de 2008 está a receber o ordenado mínimo, o que é absolutamente absurdo se tivermos em conta o aumento do custo de vida dos últimos anos”, referiu.

O objetivo é que o grupo CTT atribua a cada trabalhador “o aumento que ocorreu a nível nacional no salário mínimo” no valor de 40€.

Os trabalhadores da CTT Expresso, empresa do grupo CTT com cerca de 800 funcionários, tiveram um aumento de 22,50€ este ano e os restantes funcionários que pertencem à “empresa mãe” apenas 7,50€.

Desde que a empresa foi privatizada o que tem interessado a esta administração é o Banco CTT e o CTT Expresso, havendo um desinvestimento constante na parte postal dos CTT”, que tem mais de 11 mil funcionários.

O dirigente nacional revelou ainda que a adesão à greve geral nos Centros de Distribuição Postal (CDP) na zona Norte do país durante esta manhã foi 25.1%. A nível nacional a adesão à greve rondou os 65%.

NOTÍCIAS CHAVES | Trabalhadores dos CTT voltam à luta por aumentos salariais