sexta-feira. 08.12.2023
Câmara de Montalegre.
Câmara de Montalegre.

A Câmara de Montalegre confirmou hoje que foi alvo de buscas por parte da Polícia Judiciária (PJ) no âmbito da investigação relacionada com processos de contração pública.

Num documento assinado pela vereadora da autarquia Fátima Fernandes, é dado nota de que as buscas realizadas por parte de elementos da PJ e por procuradores do Departamento de Investigação e Ação Penal Regional do Porto aconteceram no seguimento do processo de instrução aberto em 2020 e que já na altura resultaram em buscas na autarquia e na constituição em arguidos do presidente do vice-presidente.

"Apesar do tempo decorrido, espera-se que tudo seja esclarecido com celeridade, para que, definitivamente, todas as denúncias sejam removidas do espaço público”, lê-se no comunicado.

Refira-se que a investigação teve origem em denúncias anónimas.

A Câmara de Montalegre refere ainda que tanto o presidente como o vice-presidente da autarquia “estão, como sempre estiveram, disponíveis para prestar os esclarecimentos que forem considerados necessários, e no tempo e lugar próprios, assim o farão, mantendo o foco no desenvolvimento do trabalho em prol do território de Montalegre”.

Orlando Alves, David Teixeira, presidente e vice-presidente da autarquia, respetivamente, e o Chefe de Divisão do Departamento de Obras Públicas foram detidos, estando indiciados pela prática dos crimes de associação criminosa, prevaricação, recebimento indevido de vantagem, falsificação de documentos, abuso de poder e participação económica em negócio.

A PJ e o Departamento de Investigação Criminal de Vila Real realizaram buscas que visaram os serviços autárquicos e diversas empresas nos concelhos de Montalegre, na sequência da operação “Alquimia” da Diretoria do Norte da PJ.

A investigação da PJ recai sobre “um volume global de procedimentos de contratação pública, no período de 2014 a 2022, suspeitos de viciação para benefício de determinados operadores económicos, num valor que ascende a 20 milhões de euros”.

Durante as buscas foram ainda apreendidos documentação e material informático.

Os detidos vão ser presentes à competente autoridade judiciária no Tribunal de Instrução Criminal do Porto, para primeiro interrogatório judicial e aplicação das medidas de coação tidas por adequadas.

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