Cinco médicos do Centro de Saúde de Montalegre estão quase a atingir a idade de reforma, uma situação que poderá colocar em causa o funcionamento do Serviço de Urgência daquela unidade de saúde.
A presidente da Câmara de Montalegre, Fátima Fernandes, admitiu na sexta-feira, aos jornalistas, estar preocupada com a situação, contudo garantiu que o encerramento da urgência no Centro de Saúde local “é uma questão que nem sequer se coloca”.
“O Ministério da Saúde, atempadamente, terá de colocar outros médicos a substituí-los porque é impensável que num território com 805 quilómetros quadrados como o nosso, em que há deslocação de mais de uma hora para uma urgência, se considere o fecho da urgência”, referiu.
Fátima Fernandes adiantou ainda que o município iria dar conhecimento junto do Ministério da Saúde da necessidade “premente” de encontrar soluções para substituir os profissionais caso se venha a verificar efetivamente a sua saída por atingirem a idade de reforma.
“Aquilo que nós vamos providenciar é que saiam cinco e entrem cinco. A necessidade mantém-se e portanto a solução tem de ser a mesma”, sublinhou a presidente barrosã.
Além destes clínicos, o centro de saúde conta ainda com mais “dois ou três” clínicos.
“Os profissionais estão próximos da idade da reforma, mas sendo certo que podem prolongar, com autorização, a idade da reforma, nós também ainda não temos a certeza de que eles se vão reformar já no imediato”, explicou..
Apesar do futuro ainda ser meio incerto sobre a saída ou não em definitivo destes profissionais de saúde da unidade local, Fátima Fernandes assegura que “naquilo que depender da Câmara Municipal de Montalegre o serviço de urgência” irá manter-se aberto, não admitindo por isso “qualquer outra solução”.
O concelho de Montalegre tem 9.279 habitantes, na sua maioria são idosos.
