sexta-feira. 01.12.2023

OPINIÃO | Em contraluz (Poesia)

 

A fogueira apagada

Reacendeu-se 

Quase do nada 

Como um rio sem nascente

Que corre lentamente 

Para o mar sem fim

 

Alheio a tudo

Impreciso

Livre e determinado

Inevitável

 

Entre a brasa carbonizada

Cinza escuro

Do esquecimento 

E a chama visível

Alaranjada

Do nascimento 

Apareceu um arco-íris 

Dissimulado nas cores

Vago no nome das coisas

 

Ninguém viu

Não deram por nada

Sentiu quem quis

E foi capaz

 

Respirar

Também se aprende

Cristina Pizarro nasceu em Chaves, a 2 de Agosto de 1964, e vive no Porto desde 1982. Concluiu a Licenciatura em Ciências Farmacêuticas-Análises Químico-Biológicas pela Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto (FFUP), em 1990. É licenciada também em Farmácia de Oficina e Hospitalar (FFUP) e tem uma pós-graduação em Análises Clínicas (FFUP). Em 2003 obteve o Título de Especialista em Análises Clínicas pela Ordem dos Farmacêuticos. É ainda responsável técnica do Laboratório de Microbiologia da Unidade de Água e Solo do Departamento de Saúde Ambiental do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, no Porto, desde 2002 até à presente data. Em 2003 publicou o seu primeiro livro Profissão: Palhaço, Ed.: Do Impensável - Projecto de Atitudes Culturais, e um ano depois editou o segundo, Poesia: Uma fase da vida, da mesma editora. Já este ano, 2021, publicou a terceira obra intitulada Crónicas de Assim dizer, Ed: Chiado Books, Lisboa, sendo premiada, no mesmo ano, com o segundo prémio na Secção B Poesia em Língua Estrangeira no “Prémio Internacional de Poesia Inédita Galáxia”, Primeira Edição 2021, Santiago do Chile, com o poema 20 anosMuito recentemente foi distinguida na Categoria Poesia Estrangeira no concurso internacional literário de Poesia “Príncipe Nicoló Boncompagni Ludovisi”, em Roma, com o poema A vida foge-nos.

OPINIÃO | Em contraluz (Poesia)