Mês cinco do ano 2022 e o país acorda para a notificação de casos de uma “nova” doença infeciosa. Ainda mergulhados num pico de pandemia somos confrontados com a presença da doença “varíola dos macacos”, uma infeção humana causada pelo vírus Monkeypox.
O vírus transmite-se através do contacto com um animal ou pessoa infetado ou com material que esteja contaminado. Desta forma, nos humanos, o contágio ocorre, principalmente, através de grandes gotículas respiratórias, fluidos corporais ou através do contacto pessoal e prolongado. Afeta, de igual forma, indivíduos do sexo masculino e feminino.
Saiba reconhecer como sintomas da doença a presença de uma erupção cutânea (semelhante a “bolhas”) no corpo e ou nas mucosas, associado ao aparecimento de febre (temperatura corporal > 38ºC), dores de cabeça, dores musculares, cansaço exacerbado e a deteção de gânglios linfáticos aumentados.
Tenha especial atenção se, nos 21 dias anteriores ao início destes sintomas, tiver tido contacto com um caso confirmado ou provável de infeção humana pelo vírus Monkeypox, ou se tiver viajado para países da África Central ou Ocidental, bem como, se tiver tido relações sexuais com múltiplos(as) parceiros(as). Importa salientar que, o período de incubação é, tipicamente, de 6 a 16 dias, mas pode prolongar-se por 21 dias.
Se apresentar estes sintomas, principalmente nas condições supracitadas, deve:
1. Procurar uma avaliação médica com a maior brevidade;
2. Evitar contactos próximos com outras pessoas durante o período em que apresentar as lesões;
3. Alertar todas as pessoas com quem tenha tido contacto próximo após o início dos seus sintomas;
4. Não partilhar objetos de uso pessoal como vestuário, roupas de cama ou toalhas;
5. Lavar roupas e têxteis na máquina de lavar a roupa, a uma temperatura superior a 60ºC;
6. Desinfetar as superfícies com que contactou usando detergentes com lixívia ou cloro e deixar secar ao ar livre.
Se tiver tido contacto com um caso da doença mas não apresentar qualquer sintoma, deverá:
1. Manter a vigilância do aparecimento de sinais ou sintomas;
2. Medir a temperatura corporal cerca de 2 vezes por dia, durante os 21 dias que se seguem ao contacto de risco;
3. Higienizar, frequentemente, as mãos;
4. Evitar o contacto físico próximo com outras pessoas nos 21 dias seguintes ao contacto de risco.
Tenha em atenção que a doença é, geralmente, leve, sendo que a maioria das pessoas recupera em poucas semanas. Deve ser tida maior preocupação em pessoas que tenham alguma alteração ao nível do sistema imunitário. O tratamento passa, essencialmente, pelo controlo dos sintomas.
Lembre-se, a prevenção é a melhor Saúde.